A iluminação da Salas dos Monges do Mosteiro de Alcobaça foi considerada, não como um espaço a iluminar mas, como um objecto a valorizar, uma obra de arte que é,assim, exibida.Toda a intervenção teve como objectivo esta aproximação quase museológica do espaço contruído tendo, por isso, a instalação sido realizada com especiais cuidados. A própria solução a encontrar não podia, visualmente, impor ou interferir com o próprio espaço distorcendo as suas proporções, escala, ritmo. O desenvolvimento do conceito da intervenção teve, assim, em especial atenção dois níveis de intenções:
- definir uma abordagem suficientemente flexível para ser aplicada e ajustada aos diferentes espaços do Mosteiro;
- considerar cada espaço, cada sala como um 'objecto de arte' a valorizar.

Estaríamos, assim, a iluminar a sala, numa perspectiva do mosteiro como um conjunto, e não a fazer a iluminação da sala como espaço único e isolado do seu contexto. O carácter definitivo do sistema de iluminação a encontrar e a exigência do nível de semelhante projecto, teria, igualmente, que responder ao seguintes pontos fundamentais:
- tirar o maior partido cénico valorizando o espaço arquitectónico e reforçando o espírito do lugar;
- exigir uma instalação eléctrica que não se apresentasse incompatível com as condicionantes e delicadeza que, uma intervenção num monumento classificado como Património Mundial, necessariamente exige.
- proporcionar uma operação de manutenção pouco exigente e, portanto, de baixos custos de considerando o grau de humidade existente nestes espaços.