A maior dificuldade residiu no facto de não ser possível resolver ambas as fachadas nascente e poente com o mesmo tipo de solução, conforme inicialmente teria gostado. As reduzidas dimensões do passeio do lado nascente e a intensa circulação de carros e autocarros junto ao monumento não permitiram encastrar os projectores que iriam, igualmente, pontuar esta entrada do Museu Militar. Assim, os candeeiros da iluminação da via ali existentes foram o suporte aos projectores que asseguram a iluminação daquela fachada. A instalação de dois projectores fixados entre as colunas complementaram este quadro quebrando a indesejável uniformidade sempre produzida por uma iluminação colocada 'mais à distância'. Esta foi, contudo, a única condicionante que nos inibiu de cumprir integralmente com o projecto de design de iluminação que se desenvolve em torno de 4 pontos de intervenção fundamentais. São eles: - a marcação da cércia do monumento através de uma iluminação contínua e extremamente uniforme do friso que corre ao longo de todo o monumento e que é apenas interrompido pelas entradas nascente e poente; no caso do terraço avançado a iluminação é feita de forma a acompanhar o ritmo descontínuo da balustrada; - a marcação da fachada sul valorizando e identificando o ritmo e o volume da sequência das colunas de secção quadrada e de secção circular conferindo-lhe um movimento só possível de ser visualmente reforçado pela própria iluminação. Assim, o contraste luz/sombra produzido, com a iluminação a eixo das colunas de secção quadrada pela frente e das restantes colunas igualmente a eixo mas, por detrás e, portanto, em silhueta, modela este conjunto que é visualmente amarrado aos outros dois alçados através da iluminação do friso. - instalação do equipamento de forma a não ser perceptível de nenhum ponto de observação quer de dia, quer de noite. - escolha do tipo de fonte de luz de forma a beneficiar a leitura do tipo de pedra e da própria cor (índice de absorção/reflexão) do monumento. |