Praça do Comércio, Lisboa Commerce Square, Lisbon | |
A iluminação desta Praça envolveria 4 fases distintas de intervenção: - iluminação da estátua D. José I, | |
O facto de a iluminação das arcadas, desde o início do projecto, ter sido excluída como parte da intervenção, por questões orçamentais e de viabilidade técnica de demorada resolução, deixou este projecto sem a coerência necessária para não olharmos para este conjunto com natural desconfiança. Este facto deixa o monumento desgarrado do espaço urbano tornando-se difícil esquecer a falta da uniformidade presente na iluminação do percurso das arcadas, o que a distancia do conjunto criando uma inevitável ruptura visual. A iluminação do Arco da Rua Augusta começou por introduzir melhorias a uma situação existente e, só depois, se considerou o interesse de passar à fase de alargar a intervenção. Sempre existe uma natural inibição de criatividade quando os passos não se encontram enquadrados numa perspectiva de conjunto. É sempre difícil atingir a mesma distância ao objecto que se apresenta visualmente desmembrado... Talvez, por isso, a intervenção denuncie, pelo menos aos meus olhos, esta situação; o que passará, eventualmente, despercebido a outros. Assim, a perspectiva da R. Augusta é, para mim, a mais consolidada, já que exigiu uma intervenção de raiz. Curiosamente, o arco não se encontrava iluminado deste lado. Assim, a marcação do vão do arco revelou-se tarefa fundamental para definir a escala e as proporções do arco relativamente ao conjunto das arcadas. Este exercício confirmou-se definitivamente importante dado que, a partir do momento em que a instalação do sistema de iluminação ficou concluída, notou-se que passou a não ser indiferente a passagem de tantas pessoas por esta porta da cidade. A solução encontrada para definir espacialmente o perímetro da praça foi levada à marcação da cércia dos Ministérios, não deixando sobrepor a luz ao ritmo vazio/cheio da balustrada que a cerca. O exaltar das esculturas que se encontram nas esquinas e ao topo dos torreões marca o seu limite visual, elevando-se e marcando a massa cúbica dos mesmos. Estes torreões são, então, visualmente assinalados pelas suas entradas viradas à praça e ao rio rematando visualmente este conjunto que parece recolher. Num projecto desta escala urbana não podemos perder a noção de que, no pormenor, podemos marcar a diferença independentemente do grande gesto de marcação visual. Assim, os óculos que rematam os cunhais dos quarteirões definidos pelos 2 braços e fachada principal dos ministérios foram objecto de particular atenção. | |
This U-shaped square is the most important urban space in historical Lisbon due to its privileged location facing the river Tagus. It is a unique eighteenth century square surrounded by a repetitive and symmetrical set of arcades typical of the spirit of the Enlightenment. A sumptuous arche du triomphe opens up to the square and the river. To reinforce the monumentality of the place a royal statue stands in the middle of the square. The arcades were seen as arms embracing both the urban space and the statue. Therefore, white light was selected to create this effect which reaches its focal point in the 4000k of the metal halide light source installed to light the statue. | |