O desenvolvimento do conceito que esteve subjacente às decisões de design de iluminação teve, como primeira preocupação, o entendimento das linhas de força da arquitectura. Logo, o corpo da adminstração sempre se revelou um volume interessante que se distingue, do seu conjunto e da envolvente, pela sua forma e proporções. Assim, a tradução dessa proporção e relação espacial levou a encontrar as linhas de desenho fundamentais que traduzem esta arquitectura. Numa avaliação da relação dos diferentes elementos encontrámos os pontos de maior interesse para a projecção de luz, pontos que se encontram relacionados com essa geometria espacial: o desfazamento do eixo do volume avançado, que responde à rampa de acesso ao primeiro andar, relativamente, ao eixo do volume da arquitecutra principal que escorrega nessa direcção, suscitou-nos logo o interesse.

A introdução da luz azul (CMYK) computorizadamente modelada permite a variação controlada no tempo em função de eventuais guiões visuais. Esta luz poderá ser complementada por projecção de imagens ou texturas que intensifique o estímulo visual na aproximação ao edifício.
A partir dessa área, a iluminação do edifício da administração será apenas identificada pela iluminação localizada dos vãos das janelas como linhas circulares. Assim, todo o conceito 'anda à volta' deste objecto sendo o corpo de linhas horizontais onde se situam as empresas um complemento desta imagem. Por isso, a horizontalidade será marcada por linhas de luz uniforme que apenas traduzem a projecção visual das platibandas na vertical. As platibandas dos vãos tornam-se, assim, como elemento de suporte à iluminação aliando-se às necessidades da mesma. Assim, nasceu a MARCAÇÃO VISUAL DO TEMPO.